Uma coletânea de Hans Christian Andersen é sempre bem vinda. Afinal, o autor dinamarquês é considerado o pai da literatura infantil. Foi dos primeiros a ter como alvo os leitores de pouca idade. Ao fazê-lo, rompeu com a tradição de que era necessário ser edificante e pedagógico. Com ele, isso passa para o segundo plano, diante da liberdade poética e do senso de humor. No caso de Andersen essa poesia atinge com as cores da melancolia, de uma certa tristeza e até mesmo de pessimismo. Ou seja, não conte com moral da história nem com final feliz. Pode não haver.
Além disso, este livro tem um encanto extra: As ilustrações da austríaca: Lisbeth Zwerger. Suas aquarelas delicadas combinam com Andersen e também são poéticas e bem humoradas.