Vitalino Pereira dos Santos, ou Mestre Vitalino, como ficou conhecido, nasceu em Ribeira dos Campos, perto de Caruaru (PE), em 1909. Começou a trabalhar com barro aos seis anos de idade, indo vender suas peças – cavalinhos, bodes e outros pequenos animais – na feira, junto com a mãe, que tinha uma banca de louças. Aos poucos, ele foi criando bonecos parecidos com as pessoas do lugar, nas ações e atitudes mais corriqueiras, ou seja, fazendo coisas que as pessoas faziam, como casar, fazer farinha, comer etc. Mudou-se em 1946 para Alto do Moura, para ficar mais próximo à Feira de Caruaru, onde abriu sua banca, que logo se tornou um ponto de encontro de amigos e admiradores de seu trabalho. Artistas locais começam a procurá-lo para aprender com ele: daí o apelido "Mestre", que pegou. Em 1947, as obras de Vitalino chegam ao Rio de Janeiro, onde Augusto Rodrigues e Joaquim Cardoso organizaram a Exposição de Cerâmica Popular. Artistas, colecionadores, donos de loja e turistas começaram a viajar para Caruaru, atraídos pelos bonecos de Vitalino, e com isso a arte popular passa a viajar pelo mundo. Vitalino, que também era músico, faleceu em 1963. Em 1971, a casa onde viveu no Alto do Moura virou Museu.